Sendo uma apaixonada pela Língua Portuguesa e particularmente por tudo quanto respeita à linguagem popular, tenho investigado e trabalhado sobre regionalismos e outros temas da cultura alentejana. E foi por isso que me matriculei nesta turma, onde há alguns alentejanos.
São muito interessantes as aulas e nem só porque o professor é brilhante e trabalhador. Os próprios alunos(as) estimulam o professor, que em casa prepara as aulas com muito amor.
Os alunos(as) denotam um interesse e uma capacidade de absorver conhecimentos, de que resulta uma grande empatia e reciprocidade entre todos.
É notória a alegria com que se entra na sala e um calor humano que se partilha com as diversas vivências linguísticas.
É muito abrangente esta disciplina, pois tem abordado em gramática a morfologia das palavras, a semântica, a sintaxe e a fonética. Fala-se de literatura: Garret, Leon Tolstoi e outros.
De um modo geral, admiro todas as pessoas pelo seu interesse, pela sintonia que se gera na sala, pela maneira como correspondem ao entusiasmo do professor, que é um privilegiado utente da língua portuguesa pela sua experiência e currículo.
Muita gente escreve bem nesta turma: a Irene encanta-nos pela sua imaginação e com a sua prosa fluente e criativa. A Manuela também escreve bem e tem umas vivências extraordinárias da ruralidade. A mim seduzem-me muito os relatos da vida das aldeias e do mundo rural. O colega Machado lê com muita atenção e expressividade. A São Tomé, grande poetisa, escreve textos excelentes no blogue da turma. A Lurdes Martins também já tem certa experiência, nomeadamente na poesia. A Lucinda Gameiro é muito interessada e também escreve muito bem.
Peço desculpa de não focar todos os nomes, mas ainda não consegui identificar todas as colegas, embora goste muito de falar com elas e, quando leio os seus escritos, encontro interesse em todos.
Penso que há uma colega Joaquina que escreveu algo de que gostei também muito.
Esta é a radiografia que faço da turma da “Oficina de Português”.
Maria Vitória Afonso