Confesso que este tema de trabalho de casa não é muito aliciante para mim.
E porquê? Talvez porque a minha relação com esta tecnologia é um pouco conflituosa. Mas como com ela me advieram muitas benesses, reconheço e estou agradecida aos homens sábios que a inventaram. Eu sou daquela geração que já a experimentou na 3ª idade. E sou franca, não tenho intuição nenhuma para captar os seus segredos. Sei pouco dos mecanismos da mesma.
Mas posso dizer o que apenas faço:
– Envio textos para alguns jornais onde publico.
– Coloco textos dos meus livros que têm contos sobre memórias de Colos a pedido dos meus conterrâneos, meus amigos no Facebook.
– Quase todos os dias vou ao “Face” para saber tudo sobre Colos e suas gentes.
E foi através dele que descobri uma prima que não via há mais de 40 anos e agora preenche parte da minha vida.
Concretamente que relacionamento temos, eu e a Internet? Metaforicamente posso dizer: um casamento com muitos conflitos, mas com muitos benefícios de parte a parte; eu, com os meus textos e com as suas memórias do Alentejo, faço feliz muita gente da Diáspora Alentejana e em troca recebo a facilidade de uma comunicação!
Quando perco o acesso à minha página e reponho a senha, está sempre errada. Numa destas últimas manhãs, tive de repor a senha. A habitual não foi aceite. Então propus várias:” Amo a Vida”; “Gosto de vocês”;” Casaco Novo”…
Tudo errado! Então, furiosa e danada, escrevi no local da senha:
– Me*** para vocês!
E ia saltar da cadeira quando – caso nunca visto – era uma senha certa.
Maria Vitória Afonso