Estávamos no Alentejo em 1948.
Certo dia, brincava eu com as meninas da minha idade, juntando algumas pedrinhas e começando a atirá-las para a ribeira que passava perto de nós só para ouvirmos o som que faziam ao bater na água.
Assim nos íamos divertindo. Mas, a certa altura, uma das meninas tirou algumas pedrinhas que outra tinha juntado. Esta não gostou e começou a ralhar. A outra menina começou a chorar, correu e atirou-lhe uma pedra que bateu no pé. Esta, aos gritos, começou a chamar pela mãe e nós todas corremos ao seu encontro. Então, a menina lá pediu desculpa e tudo se resolveu.
Uma começou a cantar, todas cantámos também e abraçámo-nos umas às outras, ficando todas contentes. E acabou a história…
É com saudade que lembro estas brincadeiras, onde as pedras entram na história.
Idalina Pereira