Natal de Outrora

Singelo, sem esplendor,
Mas vivido com fervor,
Era o Natal do Menino,
Que nascia numa cabana,
Em nome da paz e do amor.
No presépio bem montado,
Feito com imagens de barro,
Palha e musgo do monte
E alguns pedaços de cana,
Havia também o burrinho,
Que levou Nossa Senhora,
Até à pastoril cabana,
Onde nasceu o Menino.
Era a Noite mais sagrada:
Ouvia-se tocar o sino,
Só para a missa do galo,
Onde toda gente acorria,
Para louvar o Deus Menino,
Nascido da Virgem Maria.
Depois da missa cantada,
Com cânticos de louvor,
A parte mais esperada:
Pegar no Jesus Menino,
Tão lindo, tão perfeitinho,
Quase nu, mas rosadinho,
Que tirado das palhinhas,
Dava a beijar Seu pezinho.
A noite já avançada,
E com a Ceia terminada,
Deixava-se o sapatinho,
Junto à rústica chaminé,
À espera que o Deus Menino,
Nessa noite de Natal,
Viesse pé ante pé,
Trazer as Suas prendinhas,
Aos meninos e às meninas
Que não se portassem mal!

São Tomé

2 comentários em “Natal de Outrora”

  1. Parabéns São Tomé, tens contos muito bonitos. Este de natal de outrora é mesmo a história linda de natal com toda a sequência perfeita. Obrigada. Parabéns ao Prof. António Henriques pelo bom trabalho que realiza com os seus alunos de português. Um bom ano 20018 para todos.

    1. Em nome da São Tomé, os melhores agradecimentos. E, em nome pessoal, também me sinto muito grato. É bom que se saiba que todo este espectáculo dos sites e blogues da Unisseixal têm um suporte único, que é a família Bernardo: Luísa, Agostinho e o filho, Eng. Samuel Bernardo. Obrigados aos três.

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