Meu Chão Quando será que volto ao Alentejo Que se tornou um fruto proibido? Mui ardentemente esse bem almejo Arrependida de lá ter saído. Ali tudo é esplendor e tenho ensejo De assim domar as dores do vivido Sabem melhor os sonhos, eu o vejo Disfrutando as delícias do sentido. Longe de ti, saudosa caminhei …
Dia da Mãe, de todas as Mães
Mãe querida, já não estás entre nós, Mas, a cada dia que passa, sinto mais a tua falta, A falta do teu carinho, a falta da tua voz, A falta do mar de bonança que havia no teu olhar, Dessa tua indulgência e sapiência, E dessa tua forma especial de amar. Cuidarei das rosas que …
Solidão – poema
As flores amenizam o nosso isolamento e incerteza. Obrigado, Vitória! AH Vim ao pátio ver minhas violetas Roxa a sua cor, sóbria tristeza. Dizem as outras flores que sois pretas, Sois iguais à minha obsoleta incerteza. Poisam em vós bonitas borboletas, Voos encantam pela sua leveza. Pois vós, minhas flores prediletas, Amenizam minha dor pela …
Acróstico para Jesus
Num subúrbio de Belém Assim inusitadamente Sem querer ir para o hospital Com apenas S. José presente E sem pedir epidural Uma Maria calma, embora inexperiente Já sente as dores, sorri Embevecida dá à luz o Salvador Sente-se feliz por tal maternidade Um príncipe dos príncipes nasce humildemente Sublime exemplo para a posteridade …
Acróstico dedicado
Maria Irene Veiga Mostrando os seus dotes de escritora Alerta para a riqueza semântica Redigindo textos com orgulho de autora Impregnados de beleza romântica A Irene é nesta turma sedutora Investe em seus textos com leveza Ratificando de sua prosa, a beleza Então cativando os ouvintes da turma Não nostálgicos mas atentos e …
Prosa literária ou ensaio poético
Esta Maria Irene é imparável. Que graça e beleza enchem seus textos de esperança! AH Nasci em novembro. Sou filha do outono melancólico, com tons verdes, secos e dourados e no ar o cheiro a castanhas assadas. Piso com prazer guloso passadeiras de folhas encarquilhadas que as árvores, sacudidas por ventos agrestes, espalharam no …
Beja em poema
Cidade de Beja Cidade antiga e moderna, Prende o olhar de quem passa, Numa admiração eterna Pela sua imensa graça. Do alto do seu castelo, Observam-se as campinas, Onde as papoilas florescem Como formosas meninas. Beja, terra de gente valorosa, Retrato do Portugal profundo. Seus monumentos atestam a glória Dos inúmeros séculos de história Com …
Semântica
Os Antónimos são assim: Só querem contradição, se um deles disser que sim o resto, diz logo não. Os Sinónimos porém gostam de pensar igual, quando um disser: está bem diz o outro, não está mal. Homónimos dá pra ver um diferente sentido. Pra uns, manga de comer, outros, manga de vestido. Homófonos têm notado …
Meu querido Douro
Ao Douro, meu querido Douro, a terra que me viu nascer! Vinhedos circundam cada monte, Que elevam arredondadas cristas, Até tocarem a linha do horizonte, Deixando extasiadas nossas vistas. Socalcos, marcos de eras remotas, Feitos de xisto (inspiração divina), Suportam as íngremes encostas, Cobertas por diáfana neblina, Onde homens de rostos tisnados, Recolhem o néctar dos …