A vida de cada ser vivo manifesta-se no momento do seu nascimento.
É um princípio quase fenomenal, em que o ser vivo se entrega à luminosidade do mundo, que se lhe apresenta como horizonte completamente diferente do do seio da mãe. Os olhos brilham, o ruído do seu choro causa atração e os pais deixam cair lágrimas de emoção perante tão sublime acontecimento.
Naquele momento nasceu uma vida, a dar vida, alma, força, esperança aos progenitores, que abraçam esse novo ser com toda a felicidade e excecionais cuidados. Esta criança é uma representação real, em desenvolvimento físico e intelectual, e comporta já em si todas as dimensões que o preparam para se integrar e adaptar a tudo o que o mundo tem para lhe oferecer. Mas, registe-se, também já vem dotada com sentimentos e características, a necessitar de serem promovidas, desenvolvidas, que o tornam capaz de dar e dar-se. E tudo isso é vida. Vida que foi dada a todos os mortais, derivada de processos naturais, da natureza, concebidos por forças exteriores à vontade do homem.
Esta criatura vai fazer um percurso no tempo, a sofrer influências e a influenciar o nicho ecológico, durante todo o seu ciclo de vida, desde o nascimento até à eternidade.
Ao longo da caminhada no tempo, vai de mão dada com a sua natureza, que determina, marca o compasso de um complexo de possibilidades e impossibilidades, que condicionam a vida de cada um.
E assim se vai consumindo o tempo, com todas as suas surpresas, quer no presente, no passado e no futuro, vividas com sentimentos diferentes: alegrias, resignações, esperanças, incertezas e até desilusões.
O tempo vai passando e a vida se vai construindo.
Rosa Fernandes
Gosto muito deste texto que nos apresenta uma proposta interessante: refletir sobre o “mistério” da vida, focado no nascimento! Obrigado colega e amiga Rosinha.
Obrigado pelo seu comentário. Ant. Henriques