Tu, maestrina que
Geres a harmonia musical,
Que alimenta a nossa melomania
Tu, bombeira que apagas o fogo da floresta
E dos corações
Tu, camponesa, que obténs do
Espaço telúrico, os frutos mitigáveis.
Tu mulher grávida que trazes contigo
O maior milagre da vida
Tu poetisa, que do nada absoluto
Retiras as metáforas.
Tu professora, que em ternura
Te dás às criancinhas.
Tu prostituta para quem
Não emito juízos de valor
Sois vós que fazeis o Dia da Mulher.
Maria Vitória Afonso