A cultura era iniciada com a formação de viveiros feitos em pequenos sacos de plástico preto, nas dimensões de 20x10cm. Os sacos eram cheios de uma mistura de terra previamente peneirada e uma percentagem de esterco.
Depois de cheios com a mistura, os sacos eram alinhados e formavam pequenos canteiros, abrigados debaixo de telheiros feitos
de troncos de árvores e ramos de palmeiras. Entre os canteiros eram deixados estreitos corredores para facilitar o manuseamento.
Depositava-se em cada saco dois bagos de café e cobria-se com uma fina camada de terra. Por cima dispunha-se camada de capim que mantinha a humidade e protegia do sol.
A rega por aspersão era feita sempre que necessário, dependendo da pluviosidade em cada estação do ano.
Quando as plantinhas atingiam quatro a seis centímetros de altura, o que demorava cerca de seis meses, era removida a plantinha mais pequena de cada saco, para que a outra se desenvolvesse mais forte.
Durante um ano os viveiros eram mantidos limpos de ervas daninhas e pulverizados com insecticidas. Ao fim de um ano no viveiro, as plantinhas (mudas) eram transplantadas para o local definitivo.
A plantação definitiva era feita em covas de 60x60cm, com espaços entre si de dois metros e meio e quatro metros entre as linhas. As linhas eram traçadas em curvas de nível para evitar a erosão do terreno. As covas começavam por ser preenchidas com a terra vegetal, a camada superficial do solo mais rica em húmus, a seguir uma porção de adubo e outra porção de esterco.
No início da época das chuvas, fazia-se a transplantação rasgando os sacos que envolviam as plantinhas colocando-as nas respectivas covas.
Durante dois anos as plantas desenvolviam-se requerendo alguns cuidados. Ao longo de cada ano, fazia-se uma ou duas escavas e um pequeno terraço à volta do pé de cada cafeeiro para reter as águas pluviais. Algumas desinfecções contra pragas e doenças mantinham as plantas fortes e sadias.
Ao 3º ano surgiam os primeiros frutos embora escassos. Só ao 5º ano após o plantio, a produção atingia o auge.