Estamos no Natal… Mesmo que se diga que pode haver natal todo o ano, esta quadra é especial, está envolvida num sentimento mais profundo, a obrigar-nos a uma reflexão sobre a vida, sobre a razão que leva toda a gente a movimentar-se, a preparar a festa, a adornar as casas com a árvore, o presépio, as luzes, os doces…
Mas não são as prendas, não são as festas que fazem a magia destes dias. Procuram-se os amigos, procura-se a família, procura-se na verdade uma segurança, uma estabilidade, uma verdade que apazigue as nossas incertezas.
E é nesta fragilidade do caminhar que o Natal nos vem acenar com uma luz superior, com um abraço do infinito que nos pode apaziguar na busca por um sustento de alma… Neste universo de astros, nesta miríade de espantos que nos chegam quando olhamos os milagres diários que acontecem na natureza, diz a proposta cristã que um Deus se fez homem e se misturou com os homens, iluminando o nosso caminhar com a noção de um Deus-Pai, amigo, protector, que entregou aos homens o melhor que tinha – o seu Filho.
Uma criança é sempre um mistério. Mais o é uma criança Deus-Homem! Vale a pena acreditar! Com este Menino-Deus, cheio de mensagens de amor e serviço ao próximo, a nossa vida ganha mais sentido…
Vamos virar-nos para o essencial. Vamos olhar positivamente o nosso presente. Vamos valorar o espírito de família, o nosso berço mais consolador. E vamos olhar para o futuro no desejo de sermos melhores, mais amigos, mais colaboradores, mais compreensivos, mais aconchegantes! A felicidade está a chegar!
António Henriques